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A Louca Vida de Any

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A Louca Vida de Any - Any


Ao decorrer de nossas encontramos centenas de pessoas diariamente, algumas nossas conhecidas outras já nem tanto. Algumas pessoas despertam nosso interesse logo de cara, já outras necessitam de um pouco mais de tempo para “ir com a nossa cara”. Quando falei com Any pela primeira vez fiquei completamente fascinado com o tipo de pessoa que era, imediatamente desejei desenvolver um laço de amizade.


A medida em que íamos conversando, cada vez mais me sentia cativado por sua personalidade única, e lhe enchia de perguntas sobre seus gostos pessoais, e é exatamente sobre isso que falarei aqui.


Não sei quais foram suas reações ao ler as curiosas histórias de Any. Você pode ter se emocionado, pode ter se angustiado, pode ter caído nas gargalhadas, ou pode não ter sentido absolutamente nada, mas aposto que em algum momento você pensou:


“Poxa queria saber mais sobre Any. Maldito autor chato que nem para desenvolver direito seu personagem serve.”


(Calma, por favor me dá mais uma chance!

Foi pensando em você que escrevi esse texto onde vou contar absolutamente tudo que sei sobre Any.

Todos prontos? Então vamos lá...)


Conhecer mais detalhadamente uma pessoa pode ser uma aventura um tanto quanto curiosa, pois muitas vezes podemos nos surpreender completamente com uma resposta que não esperávamos, por disso na maioria das vezes procuramos seguir uma espécie de “roteiro de perguntas” a se fazer para alguém que você deseja conhecer melhor. Assim existe uma pergunta que todo mundo já fez pelo menos uma vez para alguém é: Que tipo de música você escuta?


Quando perguntei isso para Any, certamente me surpreendi com a resposta que recebi. Não fiquei surpreso pelo estilo musical, nem pela imensa naturalidade com que Any me respondeu, mas sim por descobrir o quanto Any é uma pessoa sistemática e extremamente sentimental.


- Any, qual sua música preferida? Foi o que perguntei.


Any me respondeu:


- Depende muito. Posso te citar umas 5 ou 6 músicas que amo, mas todas dependem muito de meu humor atual. Aliás, minhas playlists são todas organizadas e pensadas com base nas emoções que estou sentido no momento.


Num primeiro momento estranhei a complexidade da resposta, num segundo momento desacreditei completamente que aquilo fosse verdade, e em um terceiro momento pude conferir que de fato eram todas impressionantemente organizadas de maneira perfeita, contendo inclusive descrições detalhadas de quais situações se devia escutar tal playlist.


As Playlists de Any:


Rock I – Determinação:


Está naqueles momentos em que nada mais importa? Que não importa como ou por onde, você vai fazer aquelas pessoas que duvidaram de você engolir as duras palavras que lhe foram ditas?

Aqui está uma sequência de músicas mais "pesadas", para lhe fazer focar, aumentar sua determinação, para lhe fazer entender que você pode tudo!


Esqueça tudo e todos, foque sua mente, coloque seu fone, aumente o volume e conquiste!


(Any comentou comigo que essa playlist é perfeita para escutar nas segundas feiras cedo, pois ajuda você a levantar da cama e começar a semana bem (Nem que seja na base do ódio...)).



Rock II - Reflexões:


Está em um daqueles dias ruins? Onde tudo não parece fazer sentido, onde o choro é a única saída?


Aqui está uma sequência de músicas que lhe levará à uma viagem para o fundo dos seus pensamentos e sentimentos.


Coloque seu fone, deixe seus sentimentos e emoções se liberarem e aproveite esse momento para refletir.


Ps.: Se for preciso pode chorar! Chorar lava a alma!


Rock III - Felicidade:


Está se sentindo bem? Animado com aqueles planos que deram certo?


A vida pode ser dura as vezes, mas existem aqueles momentos únicos, em que a felicidade é o único sentimento presente em nossa mente.


Aqui está uma sequência de músicas para você dançar, cantar, sorrir e aproveitar esse momento incrível que está vivendo.



Brasileiras:


Então você é fã daquelas boas e velhas músicas nacionais?


Aqui você vai encontrar as melhores canções, dos mais variados estilos.


Relaxe e aproveite a nostalgia!



Rap/Hip-Hop:


Você curte aquelas músicas com um pouco mais de grave? Está no lugar certo!


Aqui você vai encontrar as melhores músicas, tanto nacionais quanto internacionais.


Então coloca seu fone, aumenta o volume e deixa o som fluir.




Funk:


Chegou fim de semana, e você está super afim de se soltar?


Abre aquela cervejinha gelada, reúne os amigos e bora mexer o corpinho.


Taca-lhe o play que sextou! (Ou não)


Reggae:


Você está naqueles dias mais de boa?


Onde você quer fazer tudo com mais calma? Onde quer o mínimo de barulho possível em sua vida?


Onde seu maior desejo é estar em uma praia observando as ondas do mar?


Pegue seu fone e feche seus olhos, que as músicas presentes aqui lhe ajudarão a imaginar aquela brisa gostosinha do mar batendo em seu rosto.



Nostalgia:


Então você curte relembrar músicas que marcaram época?


Chegou na hora certa...


Reuni algumas das melhores músicas que estouraram...


(Somente algumas, é impossível juntar todas, sempre faltará uma ou outra...)


Então aumente o volume e deixe a sensação de nostalgia inundar sua alma.


(Tenho certeza que após ver tudo isso você ficou fascinado também. Não somente com o quanto Any é uma pessoa eclética, mas com essa super nível de organização. Tenho muita curiosidade em um dia ver como é o quarto de Any, aposto que suas roupas são organizadas por cores dentro do armário.


Ps.: Se ficou com vontade de ver quais músicas estão em cada playlist, você pode acessar o link abaixo:

Link no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCTTP1MRmC4yj7AmZNI4VeJQ/playlists

Aproveite!)


Outra coisa que me deixou muito surpreso foi descobrir a cor favorita de Any. Existem muitas crenças e significados atribuídos as cores, especialmente em época de começo de ano, como por exemplo o branco significar paz, entre outras coisas do tipo.


Any ao me responder sobre isso comentou que nunca ligou para os significados das cores, apenas escolheu sua cor favorita por ser a cor do primeiro carro que seu pai teve: Um gol quadradinho que lhe levou para muitos passeios divertidos.


Sei que você está morrendo de curiosidade, e já que quer muito saber, a cor favorita de Any é Azul da Prússia.


(Tenho certeza que você fez uma pausa para procurar no google que tipo de cor é essa né? Não te julgo, fiz exatamente a mesma coisa.


Só vou lhe dar uma pequena dica: Absolutamente em hipótese alguma diga para Any que essa cor é uma espécie de Azul Marinho ou Azul Esverdeado.


Você ficará horas ouvindo sobre quais as diferenças entre essas cores, até uma hora só acabar aceitando mesmo.


A cor é Azul da Prússia!


Nada de Azul Marinho, Azul Oceano, Azul isso, Azul aquilo...


Azul da Prússia!)


Na mesma conversa que tive com Any sobre as cores, comentei que havia lido em uma reportagem que o animal preferido da pessoa diz muito sobre sua personalidade. Da mesma forma que sua cor favorita, Any escolheu seu animal favorito não levando em consideração os significados ou crenças populares, mas sim seus laços emocionais. O animal favorito de Any é o Lobo, simplesmente por ser o animal símbolo de sua cidade natal.


Em uma outra ocasião havíamos saído entre amigos e amigas para jantar em um restaurante do centro da cidade. Aproveitei então para tentar descobrir os gostos culinários de Any, e novamente as respostas que obtive me deixaram completamente surpreso. Ao perguntar sobre seu tipo de comida favorita, descobri que Any ama lasanha e odeia macarrão.


(Sim, minha reação foi exatamente igual a sua: Quê? Como pode alguém comer lasanha, mas não gostar de macarrão? Que loucura!

Mas a parte mais chocante não é essa, mas você sabia que Any gosta de Miojo?


Isso mesmo, Any não come nenhum tipo de macarrão, exceto miojo.


Realmente não sei o que te dizer.... Ainda estou surpreso com isso...)


Muito tempo depois após processar toda essa história de não comer macarrão, mas comer miojo, Any e eu já estávamos muito mais próximos, e em um final de tarde ensolarado, estávamos no terminal de ônibus Any, eu e mais alguns amigos e amigas esperando para cada um ir para sua casa, quando resolvi perguntar para Any qual era o seu maior sonho.


Any me respondeu:


- Com certeza meu maior sonho é ir para o Canadá. Você sabia que a taxa de alfabetização do Canadá é maior que 99%? Sabia que o basquete foi inventado por um canadense? Aliás, você sabia que o Jim Carrey é canadense? Isso sem nem falar que o melhor esporte do mundo é canadense: o Hóquei no Gelo. Sem dúvida o Canadá é meu maior sonho. Daria tudo para poder me mudar para lá, mas fico contente somente em visita-lo algum dia, pode anotar ainda vou realizar isso.


(Confesso para você que após ouvir isso fiquei muito curioso e fui pesquisar mais sobre o Canadá.

Você sabia que o Canadá é eleito o melhor país do mundo para as mulheres?


Descobri que aproximadamente 49% da mão-de-obra canadense é composta por mulheres, e lá não há diferença entre gêneros, as mulheres ocupam todas as posições, desde motorista de caminhão à presidente de empresas, desde pedreiras a advogadas.

É sem dúvida um país maravilhoso de se viver!)


Em uma outra ocasião, encontrei Any andando pelos corredores da faculdade de maneira estranha.


(Sim, Any e eu estudávamos na mesma universidade)



A irritação em sua expressão era nítida e de certa forma ameaçadora, então resolvi não comentar nada no momento. Porém, dias depois estávamos juntos no intervalo, e então ao me lembrar da expressão em seu rosto desse episódio resolvi perguntar:


- Any, o que mais te irrita?


A reposta foi uma pouco mais interessante do que eu imaginava:


- Muitas coisas me irritam, mas eu nunca ligo muito. Por exemplo, eu detesto atender telefonemas. Cara me manda um sinal de fumaça, mas não me liga, muitas vezes você está sem falar uma única palavra em voz alta por horas, e aí você se vê obrigado a atender o telefone. No primeiro “alô” que você vai falar, sua voz parece a de uma formiga com câimbra, sai completamente falhada, você até tenta tossir para dar uma enganada, mas a vergonha que você passa é certa. Eu detesto isso.


Outra coisa que eu odeio e muito é pessoas caminhando devagar na minha frente. Não há problema se você quer andar mais lentamente. O problema é se você e seus outros quatro amigos querem andam lentamente e ocupam toda a desgraça da calçada. Aí você está com pressa, quer passar pela barreira humana de lentidão e não pode nem pedir licença por que ninguém te ouve. Quer que eu atravesse pelo meio dos corpos? Ainda não aprendi a fazer milagre não, “tá” no processo, mas ainda não aprendi.


Mas o que mais me irrita de verdade, são pessoas sem “semancol”. Você deve estar me perguntando isso por ter notado minha irritação naquele dia né? Vou te explicar o que aconteceu.

Ao falar isso, Any procurou uma cadeira e sentou-se. Rapidamente sentei junto, pois já sabia que estava vindo uma história boa.


Any continuou me dizendo:


- Naquele dia, eu peguei um horário de ônibus um pouco mais cedo que o de costume, e por conta disso acabei pegando um horário de pico onde os ônibus estavam completamente lotados. Só isso já estava me irritando um pouco, mas tudo bem, superei.


O ônibus estava prestes a chegar, eu estava bem em frente a plataforma de embarque, em um lugar perfeito para entrar rapidamente e pegar um bom lugar, mas ao ver o ônibus se aproximando as pessoas se levantaram dos bancos do terminal e começaram a empurrar uma das outras na intenção de poder entrar primeiro no ônibus, me empurraram e eu acabei derrubando meu ‘trident” novinho no chão que foi completamente pisoteado por todo mundo, mas tudo bem, superei.


O ônibus chegou e aquele empurra-empurra se intensificou, mas, contudo, porém, todavia uma mulher se destacou no meio da multidão. Ela empurrava tudo e todos com raça e uma força impressionante, acabou sendo a primeira a entrar no ônibus e pegou o lugar mais distante, bem no canto atrás do ônibus. Entrei um pouco depois e acabei ficando de pé bem em frente a ela, o espaço era mínimo, não havia nem como se virar de um lado para o outro, aquilo me irritava ainda mais, mas tudo bem, superei.


Porém, o ônibus saiu do terminal e começou seu caminho, e eu juro para você, não deu nem 40 segundos para aquela mulher que deu a vida para entrar no ônibus e pegar o lugar mais distante possível da porta de saída, levantar puxar a cordinha e descer no primeiro ponto depois do terminal.


Como resultado, novamente ela saiu empurrando tudo e todos com uma força irritante, para poder sair do ônibus no primeiro ponto de descida, que não dava nem 10 metros de distância do terminal de ônibus. Não tenho palavras para descrever o quanto isso me irritou, e não, eu não superei. A partir daquele dia jamais pegarei ônibus naquele mesmo horário. Eu chego duas horas mais cedo ou então meia hora mais tarde, mas nunca mais pego ônibus nesse horário.


Ao ouvir toda essa história e me segurando para não cair em risos bem em sua frente, aproveitei a ocasião para fazer outra pergunta comumente feita em casos de novas amizades:

- Caramba Any, acontece cada coisa com você né? Até parece que está em um filme, aliás, se você fosse resumir sua vida em um nome de um filme, qual seria?


Any se levantou, colocou sua mochila nas costas, andou alguns passos me deixando para trás. Mas em certo momento parou, olhou para trás e com um sorriso contagiante no rosto respondeu:


- Essa é fácil, com certeza o nome seria: A Louca Vida de Any.







 
 
 

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©2020 por André Luiz dos Santos: A Louca Vida de Any.

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